A história é interessante e educativa. Recolhi (e adaptei) do excelente livro Como passar em concursos públicos: guia de leitura rápido – de William Douglas.
Um jovem e vigoroso lenhador conseguiu, em um único dia, derrubar 70 árvores. Ficou feliz (é comovente a falta de consciência ecológica, não?), até que descobriu que o recorde mundial era de 72 árvores em um dia. Decidiu-se, então, a bater esta marca, para entrar no Guinness.
Alguns dias depois, levantou-se mais cedo que de costume. Trabalhou o dia todo, mas… só conseguiu derrubar 68 árvores. Levantou-se mais cedo, no outro dia: 65 árvores. Levantou-se mais cedo ainda e trabalhou até esgotar-se, no dia posterior, mas… só 62 árvores.
Frustrado e confuso, resolveu aconselhar-se com um velho lenhador, já aposentado (menos um para derrubar árvores, graças a Deus!): “Não consigo entender: a cada dia trabalho mais e consigo menos resultado!… O que será que está acontecendo?!”
A sábia resposta veio em forma de uma nova pergunta: “E quanto tempo você gasta afiando o machado?”
Boa lição para nós, brasileiros, pouco dados ao Planejamento. Quanta gente ainda não acha que, reunir-se para planejar, antes de sair fazendo, é pura perda de tempo? “Esse negócio de muita reunião só atrasa! Vamos deixar de blá, blá, blá. Pau na máquina!”
Dá tudo errado, mas os “heróis” não se abalam: “Não tem problema: vamos fazer de novo!” E tome retrabalho e mais retrabalho…
Os japoneses, que, em pouco mais de três décadas se refizeram das cinzas da destruição que lhes foi trazida pela Segunda Guerra Mundial, não transformaram seu destroçado país em uma das maiores potências econômicas mundiais simplesmente “mandando ver!” Sabiamente ensinam: “Faça certo da primeira vez. Para isto, gaste 80% do tempo planejando e 20% do tempo fazendo.”
Assim, podemos concluir que planejar é… afiar o machado. A história do início confirma a lição japonesa. (Quem quiser que conte outra…)